Ansiedade

Você já deve ter ouvido bastante sobre ansiedade como um dos nossos maiores inimigos, estando associado a diversas situações de nosso cotidiano e possuindo diversos sintomas, tais como como palpitação, sufocamento, dificuldade de parar de se preocupar, irritabilidade, cansaço (mental ou físico), alteração de sono (dificuldade para dormir), entre outros.

Vale lembrar que a ansiedade é algo natural tem a ver com o sistema de alerta do corpo frente a ameaças incertas, fazendo parte de nossa herança biológica. Muito antes de qualquer registro de civilizações, nossos ancestrais viviam em um mundo cheio de perigos e de ameaças reais às suas vidas, como predadores, plantas toxicas, fome, vizinhos hostis. Nós, seremos humanos, utilizávamos de diversas formas de lidar com os perigos. O próprio medo tinha uma função de proteger, de nos tornar atentos à muitas coisas das quais dependíamos para sobreviver.

Atualmente vivemos em sociedade, não temos mais os perigos dessa época, e essa herança biológica pode nos levar a se comportar ou reagir de uma forma instintiva e nem sempre temos as ferramentas certas para lidar com algumas situações.

Quem sofre de algum tipo de ansiedade, também têm uma maior tendência a se tornar clinicamente deprimido, assim como fazer uso de substancias como álcool. Quando os sintomas da ansiedade começam a trazer problemas para seu dia-a-dia, pode ser considerada um transtorno. São eles: Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno do Pânico, Transtorno de Ansiedade Social (antiga fobia social), Fobias Específicas, Agorafobia, Transtorno de Ansiedade de Separação, Mutismo Seletivo. Os sintomas podem ser cognitivos (pensamentos - receio de perder o controle, sofrer algum dano), emocionais (ficar nervoso, assustado, apreensivo) e/ou comportamentais (agitação física, evitação de situações) por exemplo.

Depressão

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil é o pais da américa latina com maior prevalência de pessoas com depressão. A depressão é uma condição que vai além da tristeza, possui sintomas duradouros, alterando o modo como nos sentimos, como pensamos ou nos comportamos.

Depressão tem diagnóstico e tratamento se manifestando de modo diferente em cada um de nós. A maior parte das pessoas acometidas por depressão não procuram ajuda por conta do preconceito ou estigma social ligados as doenças psiquiátricas. Existe um fator de risco para suicídio quando a depressão não é tratada de forma adequada, podendo afetar não somente o próprio individuo, mas todo seu círculo social.

Não se sabe exatamente o que causa depressão; existe uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Porém, inúmeros fatores podem estar associados, como genética, ambiente, variações hormonais e alterações químicas no nosso cérebro. A depressão é mais comum em mulheres do que em homens e geralmente aparecem sintomas no fim da adolescência e início da vida adulta, apesar de poder surgir em qualquer momento da vida. Seus sintomas mais comuns, segundo o Ministério da Saúde, são: humor depressivo, falta de energia, insônia/sonolência, alteração do apetite, redução do interesse sexual, dores ou sintomas físicos difusos.

O diagnóstico da depressão é clinico e realizado por um médico - preferencialmente psiquiatra.

Vale ressaltar que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acolhimento às crises em saúde mental através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Principais fatos da depressão segundo OMS:

A depressão é um transtorno mental frequente. Em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno.

A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças.

Mulheres são mais afetadas que homens.

No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio.

Existem vários tratamentos medicamentosos e psicológicos eficazes para depressão.

https://www.paho.org/pt/topicos/depressao

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao

Raiva e Estresse

O estresse é uma resposta natural do corpo a situações desafiadoras ou ameaçadoras. No entanto, o estresse crônico pode ter efeitos negativos profundos na saúde mental e física. Psicologicamente, o estresse pode levar a uma sensação constante de sobrecarga e a uma maior reatividade emocional. Quando uma pessoa está estressada, ela pode se tornar mais irritável e impaciente, podendo prejudicar a capacidade de concentração e de tomada de decisões, levando a reações impulsivas e comportamentos que podem ser prejudiciais nas relações. Além disso, o estresse crônico pode esgotar a energia emocional, tornando difícil para a pessoa investir nas relações e se conectar emocionalmente com os outros.

A raiva é uma resposta emocional intensa que geralmente surge de uma sensação de ameaça, injustiça ou frustração (podendo ser algo de fato real, ou algo que imaginamos que seja real). Psicologicamente, a raiva pode distorcer a percepção de uma pessoa, fazendo com que ela interprete situações neutras ou ambíguas como ameaçadoras ou hostis. Esse viés cognitivo pode levar a reações exageradas ou inadequadas, o que pode criar conflitos desnecessários. Quando uma pessoa está com raiva, ela pode ter dificuldade em pensar de forma racional e objetiva. A raiva pode diminuir a capacidade de empatia, tornando mais difícil compreender o ponto de vista dos outros. Isso pode resultar em mal-entendidos e confrontos, pois a pessoa irada pode agir de maneira agressiva ou defensiva.

A raiva e o estresse são emoções que todos nós temos, porém quando não são bem gerenciadas, podem ter um impacto negativo significativo nas relações interpessoais.

Gerenciar a raiva e o estresse é essencial para manter relações saudáveis e positivas. Com conscientização e prática, é possível reduzir o impacto negativo dessas emoções e promover interações mais harmoniosas e gratificantes com os outros.

A raiva e o estresse podem afetar negativamente as relações interpessoais e o dia-a-dia de várias maneiras:

  • Comunicação Deficiente: Quando alguém está com raiva ou estressado, pode ter dificuldade em comunicar seus pensamentos e sentimentos de forma clara e calma. Isso pode levar a mal-entendidos e conflitos.

  • Empatia Reduzida: A raiva e o estresse podem diminuir a capacidade de uma pessoa de ser empática. Sem empatia, é difícil compreender e responder adequadamente às necessidades e emoções dos outros.

  • Comportamentos Agressivos ou Defensivos: As pessoas que estão frequentemente iradas ou estressadas podem exibir comportamentos agressivos ou defensivos, o que pode afastar amigos, familiares e colegas.

  • Distanciamento Emocional: O estresse crônico pode levar ao distanciamento emocional, onde a pessoa se retira emocionalmente das interações, tornando difícil manter relacionamentos íntimos e significativos.

Para diminuir os impactos negativos da raiva e do estresse nas relações, é importante adotar estratégias de gerenciamento eficazes, como:

  • Técnicas de Relaxamento: Praticar técnicas como respiração profunda, meditação e ioga pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e raiva.

  • Comunicação Assertiva: Aprender a comunicar-se de maneira assertiva, expressando sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa, pode melhorar a interação com os outros.

  • Atividades Físicas: O exercício regular pode ajudar a aliviar o estresse e a raiva, promovendo a liberação de endorfinas, que são hormônios do bem-estar.

  • Busca de Suporte: Conversar com amigos, familiares ou um terapeuta pode fornecer apoio emocional e ajudar a desenvolver melhores estratégias de enfrentamento.

Terapia Sexual

A terapia sexual é uma forma de tratamento psicológico voltada para questões relacionadas à sexualidade e aos problemas sexuais. Esse tipo de terapia é conduzido por psicólogos ou terapeutas especializados em sexualidade humana e tem como objetivo ajudar indivíduos e casais a resolver dificuldades sexuais, melhorar a satisfação sexual e promover uma vida sexual saudável e gratificante.

O processo começa com uma avaliação inicial, onde o terapeuta sexual realiza uma entrevista detalhada com o paciente (ou casal) para entender a natureza dos problemas sexuais, o histórico médico, psicológico e sexual, e os objetivos do tratamento. Esta fase é crucial para identificar fatores físicos, emocionais e relacionais que possam estar contribuindo para as dificuldades sexuais.

A terapia sexual muitas vezes adota uma abordagem holística, considerando não apenas os aspectos físicos da função sexual, mas também os fatores emocionais, psicológicos e relacionais. O terapeuta pode trabalhar em conjunto com outros profissionais de saúde, como médicos ou fisioterapeutas, para oferecer um tratamento integrado.

A duração e a frequência da terapia sexual variam dependendo da complexidade dos problemas e dos objetivos do paciente. Algumas questões podem ser resolvidas em poucas sessões, enquanto outras podem exigir um acompanhamento mais prolongado.

Os principais objetivos da terapia sexual incluem:

  • Resolver Disfunções Sexuais: Como disfunção erétil, ejaculação precoce, anorgasmia (dificuldade em alcançar o orgasmo), vaginismo (contração involuntária dos músculos vaginais) e desejo sexual hipoativo.

  • Melhorar a Satisfação Sexual: Ajudar os indivíduos e casais a aumentar a satisfação e a conexão emocional na vida sexual.

  • Tratar Problemas de Intimidade: Trabalhar questões de intimidade e comunicação que podem afetar a vida sexual de um casal.

  • Educar sobre Sexualidade: Fornecer informações precisas sobre anatomia, fisiologia e resposta sexual para corrigir mitos e mal-entendidos.

As intervenções na terapia sexual podem incluir:

  • Psicoeducação: Educar sobre a anatomia sexual, resposta sexual e mitos comuns sobre sexualidade.

  • Técnicas Cognitivo-Comportamentais (TCC): Identificar e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais relacionados ao sexo.

  • Exercícios de Sensate Focus: Exercícios práticos destinados a aumentar a consciência corporal e a intimidade entre os parceiros, sem a pressão de desempenho sexual imediato.

  • Treinamento de Habilidades de Comunicação: Melhorar a comunicação entre os parceiros sobre desejos, limites e expectativas sexuais.

  • Terapia de Casal: Abordar problemas de relacionamento que possam estar afetando a vida sexual.

A terapia sexual é uma ferramenta valiosa para abordar e resolver problemas sexuais de maneira eficaz e sensível. Com a ajuda de um terapeuta especializado, indivíduos e casais podem superar dificuldades sexuais, melhorar a satisfação na vida sexual e construir relacionamentos mais íntimos e gratificantes.